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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

O ESPÍRITO SANTO DE UM CARNAVAL DIFERENTE

Esta semana de Carnaval, para muitos foi de diversão, para outros, foi de descanso, mas para quem participou de retiros, principalmente o da Comunidade Católica Shalom no Colégio Sagrado Coração de Maria a experiência valeu por toda uma vida. De Sábado (18) a Terça (21) jovens, adultos, idosos e até mesmo afastados da Igreja puderam vivenciar um momento de êxtase da experiência de Deus. “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça” (Lc 8, 8). Quando fui convidado pelo Allan Phablo, ainda hesitei somente em via de fazer laboratório com a experiência. Porém quando o segundo convite chegou, a partir de um segundo servo da comunidade, Pedro Silvestre, o interesse aumentou. O jantar-show reuniu jovens ao redor de um palco e visitantes ao redor de um altar para a missa de abertura, presidida por Dom Mariano Manzana. Não tive a oportunidade de comparecer ao Sábado de Abertura, nem da manhã de Domingo, por compromissos acertados de última hora. Ao domingo à tarde, ingressei no Seminário de Vida no Espírito Santo achando que seria somente uma palestra. Acabei virando fã do pregador Jorge, servo da comunidade que prontamente deu palavras de sabedoria e de ensinamentos, dizia ele, só é Católico de Verdade quem evangeliza e parte para a missão e não quem simplesmente vai a uma missa ou outra. Pouco a pouco fui conhecendo a estrutura do evento no dia seguinte, que contava também com espaço para confissões individuais, aconselhamento e oração e com a Capela do colégio aberta para orações particulares. Além de ter uma estrutura montada inteiramente para cursos de jovens, casais e vocacionais para quem participa pela segunda vez em diante do evento. Quantos não já passaram pela experiência da Adoração ao Santíssimo, tão comum no Santuário do Coração de Jesus no Centro ou no dia de Corpus Christi, onde ele percorre a cidade nas mãos do Bispo? Pois saiba que esta adoração no evento é um convite á Obra Nova que Deus quer realizar e realiza. Com servos o tempo todo se revezando para impor orações sobre você e sobre outros irmãos, às vezes sinalizados, a oração do Espírito Santo (em línguas) se resume numa experiência que pode tanto lhe emocionar quanto tocar seu coração. Na manhã da Segunda, participei da adoração do meu cantinho e vieram dois servos orarem por mim. As frases penetraram em meu consciente como se fosse exatamente o que eu gostaria de ouvir. Foi uma experiência, à princípio tocante, mas ao final surpreendente que eu passei, mas o principal ainda estava por vir. Também me sinto muito grato à moça grávida que se sentou ao meu lado na segunda pela manhã que me convidou ao Grupo de Oração da Paróquia de São João Batista no bairro Doze Anos, quando entrar de férias da faculdade farei uma visita. À tarde eu percebi que Deus estava preparando um jeito de me dizer o caminho. Eu consegui pegar naquela tarde a palestra ministrada por Tiago Duarte da metade para o fim, pois um imprevisto me fez atrasar-me. Logo que cheguei, ele pediu para levantarmos as mãos e orarmos, nisto se aproximou mais uma serva e orou em línguas, revelando logo após a frase que eu estava querendo ouvir naquele momento. Também comecei a olhar a tarde de uma maneira diferente. Logo após, uma pregação com um Às 17h00 como nos outros dias, à hora da Adoração, o pregador pediu para nos aproximarmos da mesa onde estava exposto o Santíssimo. Logo que eu comecei a me aproximar, começaram os servos a orarem em outros irmãos convenientemente espalhados em redor da mesa abaixo do palco. Quando fechei os olhos, quatro servos, um atrás do outro começaram a se aproximar de mim e cada um rezando, dizia uma frase que me fazia estremecer nas bases e a cada vez mais gritar interiormente. Quando a quinta serva se aproximou, ela disse nos meus ouvidos a última farpa que ainda estava em meu coração, um vício antigo e que há mais de dez anos me torturava, razão pela qual eu já estava passando há 5 anos sem comungar. Isto foi uma experiência inédita, pois pela primeira vez, não fui eu que procurei o aconselhamento, e sim ele que me procurou, no meu lugar eu teria fugido desta conversa, e não nego que estava com receio de contar intimidades, mas eu queria pelo menos me abrir. No dia seguinte, a Terça Feira, após a primeira palestra da manhã, fui procurar a Rosineide (inclusive agradecendo a ela e ao irmão que eu me esqueci o nome (é normal)) pela oração. Chegando lá, conversamos e depois de alguns minutos, a oração começou e então um crucifixo foi posto em minha mão e eu me emocionei quando ela disse que a visão que ela tinha nas orações era de Nossa Senhora das Graças, em cima do globo e rodeada pelo aro de ferro assim como nas aparições a Santa Catarina Labouré em 1830. Isso mexeu muito comigo, pois eu acredito nas promessas feitas pelo Sagrado Coração de Jesus a Santa Margarida Alacoque e acredito nos Amigos/Videntes de Nossa Senhora de Medjugore (também conhecida como Nossa Senhora Rainha da Paz), porém nunca havia testemunhado que ela estivesse pela primeira vez se revelando (além de toda a minha vida, pois desde os 14 anos sou devoto de Nossa Senhora de Guadalupe. Depois disso, andei para a quadra onde foi feita a efusão marcando o terceiro dia de Renascer. Entrei na fila para receber orações, tendo recebido um empurrãozinho abençoado da Rosineide. Quando começaram a orar por mim, pedi ao Senhor um sinal particular mas ao mesmo tempo público de que sua graça estava ali. Tentei me ajoelhar, mas minhas pernas ficaram duras e eu me estirei no chão. Aquele foi o momento mais indescritível da minha vida. Assim como também uma menina que subiu ao palco momentos depois também caiu ao chão e ficou contemplando quieta. Pela tarde, foi montado espécies de minicenáculos onde nós partilhamos alguns conhecimentos e bênçãos alcançadas e agradeço muito à Márcia que nos mostrou que sua família é regida por aquele em quem acreditamos e buscamos. Logo após, foi a vez dos comentários finais e testemunhos. Aquela menina imóvel no palco deitada, disse a frase que todos nós gostaríamos de ter dito, “Deus é o Cara!”. Todo jovem deveria realizar esta experiência. Também me senti honrado em receber o convite, mesmo que inconsciente de duas consagradas de oração do Apostolado do Sagrado Coração de Jesus da Paróquia do Alto de São Manoel, hoje, eu acho que vou procurar um apostolado também, além de ser minha devoção primária, e depois dele o Divino Espírito Santo, o apostolado me chamou atenção. Tirei também minha dúvidas em favor de minha vontade até a alguns meses de entrar para o Sacerdócio, porém Deus enviou um recado através de Rosineide, “que eu não usasse o sacerdócio como rota de fuga da minha solidão ou da minha timidez, pois eu iria cada vez mais precisar de coragem para tal.” Enfim, resumindo, uma bênção maior que esta, só acontecendo de novo mais três dias de retiro, pois a rotina nos toma muito dessa fé que nos falta. A todos os irmãos servos da Comunidade Shalom o meu abraço e aos irmãos Allan Phablo e Pedro Silvestre e ao Alan Rodrigues, que eu conheci por lá juntamente com outros já amigos, um débito que eu sei que nunca vou conseguir pagar, inclusive convidei o Allan para me acompanhar no próximo sacramento que irei receber, o da Crisma, tornando-se assim meu padrinho. Já me convidaram para grupos internos do próprio Shalom, mas eu pelo calma, ainda é muito cedo para optar por uma radicalidade de minha parte por este caminho, embora eu já esteja na beira dessa estrada. Com calma, eu sei que Deus escutará as preces do mundo e aí, nó veremos os frutos dessa experiência chamada Renascer. Deus abençoe a todos e até um próximo artigo, se Deus quiser.

Pedro Augusto de Queiroz
Bacharelando do 4° Período de Ciências Sociais

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