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sábado, 11 de agosto de 2012

11 DE AGOSTO - SANTA CLARA CLAREOU




CANTIGA POR IRMÃ CLARA
Pe. Zezinho SCJ

Clara, Ô Clara
Me diga porque
Que foi que Francisco falou pra você

Clara, Ô Clara
Eu quero entender
Por que deste mundo te foste esconder

Tu tinhas dinheiro, vivias feliz
Igual às meninas que havia em Assis
Será que Francisco te enfeitiçou
Que tão de repente teu mundo mudou

Eu tinha dinheiro, vivia feliz
Igual às meninas que havia em Assis
Mas foi Jesus Cristo quem me cativou
Francisco somente o caminho mostrou

Eras bonita de classe maior
Teu pai era nobre, patrão e senhor
Será que esta vida não era viver
Que tão de repente te foste esconder

Eu era bonita de classe maior
Mas eu tinha sonhos de algo melhor
Será que esta vida é viver e morrer
Um dia por fim eu por ti fui viver

Deixaste o dinheiro tranqüila e feliz
E foste viver num mosteiro de Assis
Será que perdeste a razão de viver
Tão jovem e tão bela não dá pra entender

Deixei o dinheiro tranqüila e feliz
E fui me trancar num mosteiro de Assis
Deixei o que eu tinha passei a viver
Que a vida é bem mais que a minha mania de ter

Clara, Ô Clara
Já posso entender
Porque deste mundo te foste esconder

(Extraído do LP "Coragem de Sonhar" lançado em 1984 pela Panorâmico/Comep)
(Sem tentativa de infração à gravadora, apenas caráter evangelizador)

domingo, 5 de agosto de 2012

100 ANOS DE MUITA FÉ E EDUCAÇÃO




Cem anos se passaram e como que num estalar de dedos, o Colégio Sagrado Coração de Maria ainda continua o mesmo de sempre. Quando comecei a estudar lá em 1995, não imaginava o quão grande seria a espera pelo centenário tão aguardado. Ainda alcançando o tempo das grandes revoluções tecnológicas, como o laboratório de Informática ainda no tempo que a pequena quadra para a piscina das turmas da pré-escola era aberto, hoje lá se encontra outra sala de aula. Saudades desse tempo podem aparecer a qualquer momento, porém me conservo ao dever de apenas falar do ambiente, pois deixei muita pouca gente, incluindo alguns professores e as Irmãs, que poderiam merecer a amizade que propunha naquele tempo. A semana de comemorações começou com o Passeio Ciclístico no Domingo que atraiu ex-alunos, ciclistas da cidade e até mesmo muitos ex-funcionários. Na segunda, um show com Pe. Nunes marcou a segunda noite da semana comemorativa, interpretando grandes clássicos da música católica e com direito a pronunciamento especial das Irmãs que vieram de tantos cantos, incluindo Portugal. Na Quarta-Feira, foi montado um memorial expositivo para os 100 anos onde alunos expunham a história que passou ao longo desses 100 anos de CSCM. Na Quinta-Feira, pela manhã bem cedinho, foi rezada uma missa póstuma em homenagem aquela que além de passar deixando pegadas no Colégio como diretora, deixou suas marcas na Diocese de Mossoró como quem implantou a devoção à Nossa Senhora de Schoenstatt, popularmente conhecida como Mãe Rainha, tendo sido ela a principal lutadora pelo sonho da capela “Casa da Mãe Rainha”, instalada nas costas da Matriz de São José, que serve a tantos grupos do movimento Terço dos Homens e em cujas instalações há um salão de reuniões batizado com seu nome, estamos falando é claro da Irmã Letícia Rodrigues Duarte, a inesquecível Irmã Maria da Conceição Aparecida. A missa foi conduzida por Pe. Ricardo Rubens do lado de fora do Cemitério São Sebastião, na Praça da Saudade. A sexta-feira foi o ponto alto das comemorações, onde foi celebrada por Dom Mariano Manzana e concelebrada por Pe. Augusto Lívio, Pe. Charles, Pe. Crisanto Borges e uma boa parte do clero e seminaristas mossoroenses. Para começar as pompas, entraram as bandeiras representativas em ordem cronológica na hierarquia do colégio. Primeiro, entrou conduzida por uma aluna e duas bailarinas, a Lucerna (lâmpada), símbolo presente no brasão da congregação, depois, a bandeira de Portugal, berço da congregação CONFHIC conduzida por Ir. Maria da Conceição (superiora da CONFHIC em Lisboa) e duas alunas da educação infantil, trajadas como camponesas portuguesas. Seguindo a hierarquia, a coordenadora Maria da Graça Medeiros entrou acompanhada de dois alunos da educação primária trajados como escoteiros conduzindo a bandeira do Brasil. Logo depois, Irmã Margarida (superiora da CONFHIC no Brasil) entrou conduzindo a bandeira da CONFHIC, acompanhada de um casal de alunos trajados como os fundadores da congregação, Pe. Raimundo Beirão e a Beata Madre Maria Clara do Menino Jesus. Irmã Nerialba, a próxima da linha entrou com a bandeira do Rio Grande do Norte acompanhada de um casal de alunos da educação primária trajados como representantes do governo. Logo em seguida, a prefeita Maria de Fátima Rosado entrou conduzindo a bandeira do município também acompanhada de um casal trajado como governantes. Por último, a bandeira do centenário do Colégio entrou conduzida por uma irmã que eu desconheço e por Irmã Zelândia. Por último, duas alunas trajadas com os trajes usados pelas moças até 2007 nos desfiles do 7 de setembro. Por último, uma irmã também nova para mim entrou com o quadro da fundadora a Irmã Leocádia do Menino Jesus e após ela, um quadro comemorativo nas mãos de um aluno. A missa começou ao som das palavras de acolhida na voz de Irmã Nerialba Brasil, primeira leitura pelo Prof. Aldo Firmino, salmo na voz da aluna Beatriz, e o Evangelho pelo Pe. Charles. O momento que chamou a atenção foi a entrada da imagem centenária que foi trazida de Portugal em 1912 e que até hoje está na Capela, a partir de um andaime suspenso por trás do painel do altar. A missa continuou com muitas homenagens durante e depois. Outro momento que me chamou a atenção pela coragem das bailarinas foi quando elas entraram que a música de fundo, “Conquest of Paradise” do maestro Vangelis, tocada a violino, falhou e a plateia olhou atenta a bailarina não parar de dançar a continuarem aplaudindo sem parar, achei dela muita coragem e sobretudo profissionalismo no que fez ao apresentar quando já no altar a imagem nova do Coração de Maria. Após, foi feita uma homenagem a Irmã Zelândia, a aluna Lívia cantou em sua homenagem, e pude ver Irmã Zelândia dando de brincadeira um pequeno e animado “puxãozinho de orelha” em “Irmã Lucilene” como se dissesse “Não precisava” em seu completo desejo de servir aos outros, não atinava que todos estavam preparando para ela também a sua homenagem. O microfone também chegou a falhar, mas Irmã Zelândia abraçou a menina rapidamente ao som dos aplausos. Ao final, os pronunciamentos das autoridades e entrega de comendas especiais. Tenho a honra de dizer que não fiz história sozinho ali, minha mãe ganhou também uma comenda por seus 25 anos de serviço como Secretária Geral do CSCM no jantar de confraternização realizado em buffet após a missa, tendo se aposentado no ano passado. Antes de sair do colégio, fui rever as irmãs que no meu tempo souberam fazer a diferença e me mostraram o real sentido do catolicismo que carrego até hoje, Irmã Teresinha, antiga líder do saudoso Grupo de Jovens e a primeira professora da disciplina de Relações Humanas; e Irmã Gisélia, a antiga regente do coral. Com o tempo, Irmã Lucilene assumiu ambas as tarefas no colégio não deixando a peteca cair. Fiquei orgulhoso em ver a Irmã Livramento (que em 1986 foi quem proporcionou junto a Irmã Aparecida o primeiro emprego da minha mãe, como Secretária Geral do CSCM), novamente usando o hábito, pois havia passado por um tempo “desligada” da congregação, motivo pelo qual ela aparecia regularmente aqui em casa usando roupas normais, porém comedidas, típicas de Irmãs que requerem à Ecclesia autorização para não usar o hábito comum. Alegria imensa em tirar uma foto com o homenageado por este Blog, Dom Mariano e dar os parabéns a Irmã Zelândia. Confesso que senti falta daquela que verdadeiramente me ensinou o que era ser católico, e da qual aprendi pela primeira vez a ter respeito pela eucaristia, a grande Irmã Lourdes que se encontrava em outra cidade, mas certamente bem representada pelas mais de 30 irmãs reunidas nos lugares de honra da missa, muitas delas já passaram pelo colégio como irmãs, ou mesmo como alunas, como Irmã Teresinha que passou pelo colégio na década de 80 e foi encaminhada para a CONFHIC. As novas gerações deveriam aprender com esses exemplos. Depois de tantas comemorações, só me resta dizer um OBRIGADO, que por sinal é pouco diante do bem imenso e profundo que esse prédio no centro da cidade proporcionou a minha vida e a de tantos ex-alunos que por lá passaram. No final, fiquei emocionado ao escutar depois de tantos anos novamente a música que deve estar morando no coração de cada um deles, e música essa que cantarei para todo o sempre, então, vamos entoar felizes, “POR DEUS E PELA PÁTRIA AVANTE, COLÉGIO CORAÇÃO DE MARIA, PREPARAI MOCIDADE VIBRANTE PARA A LUTA QUE O BEM IRRADIA”.

Pedro Augusto de Queiroz
                Bacharelando do 5° Período de Ciências Sociais da UERN