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sábado, 26 de maio de 2012

UMA PALAVRA DE AGRADECIMENTO

Com a apresentação do artigo à Turma de Catecumenato do Sábado, hoje (26), eu, Pedro Augusto agradeço a todos os que tiveram a "paciência" de lê-lo e mais ainda de ouvir as palavras deste modesto aspirante a sociólogo que tenta acertar o caminho que escolheu trilhar na grande escola chamada CATECUMENATO.


Agradecendo aos catequistas ANNA PATRÍCIA FREIRE e CAMILO BARROS


Mais uma vez agradecendo a oportunidade e deixando aqui o aviso de que a cada "RITO", "VIAGEM" ou até mesmo "EVENTO" eclesial que eu participar, deixo sempre um artigo.


APROVEITEM E LEIAM O ARQUIVO, POIS TÊM MUITOS OUTROS ARTIGOS MAIS SOBRE IGREJAS DO RN, SE ACHAREM INTERESSANTE.


ABRAÇOS...
Pedro Augusto de Queiroz
Bacharelando do 5° Período de Ciências Sociais da UERN

terça-feira, 22 de maio de 2012

MINHA FÉ QUASE ADULTA


Era para ser uma celebração como qualquer outra, mas terminou como um rito de passagem para uma maturidade cristã. Neste domingo, 20 de maio, Domingo da Ascenção do Senhor, houve a Missa do Domingo da Ascenção, mas junto a ela, houve também o rito de apresentação dos catecúmenos de 2012 da Paróquia de Santa Luzia. Todos os sábados no centro Catequético Monsenhor Humberto Bruening, a poucos metros da Catedral. Naquele ambiente posso dizer em nome da turma que aprendemos muitíssimas coisas que não conhecíamos acerca do mistério da Fé. De acordo com o casal de Catequistas como o qual, pela graça de Deus, estamos caminhando, Anna Patrícia e Camilo, aprendemos primeiramente que antes de ler qualquer fragmento da Bíblia, ou antes mesmo de nossas orações, é preciso invocar o Divino Espírito Santo. Confesso que Este é meu padroeiro, mas nunca tinha parado para pensar na possibilidade de invocar o “Consolador” para minhas orações. Para completar, também aprendemos que sempre nos encontros, ao contrário do que muita gente pensa ser só na missa, é preciso ficar de pé para ler o Evangelho em comunidade. No Centro Catequético, descobrimos a força de uma oração fervorosa, como a que encerra os encontros, pois a princípio das explicações, precisamos organizar pouco a pouco as ideias novas que para muitos de nós que não temos um estudo aprofundado da Bíblia, o que pode provocar timidez em alguns de nós, mas após minutos de reflexão, entendemos e sentimos cada vez mais vontade de aprender, porém esperamos pacientemente pela continuação da caminhada no próximo sábado. Como prova do aprendizado, muitos de nós já nos enturmamos um pouco na missa, mas isso é assunto para um pouco mais adiante. No sábado dia 19, foi a preparação para o primeiro rito, com a presença da catequista Gorete. Muitos dos que compareceram no sábado, não apareceram no Domingo, e por este motivo, estão desclassificados do Catecumenato. Estou começando a perceber o quão forte é a frase do Pe. Zeno Hastenteufel, que dizia tudo no simples título de seu livro: “Crisma, a grande opção” (1978 – Edições Paulinas). Ser amigo de Cristo é perigoso, mas compensa uma vida inteira. No sábado, às dezessete horas, aprendemos mais sobre a Palavra de Deus, e talvez a mensagem que mais tenha ficado não foram as leituras em si, embora sejam mais importantes do que a própria aula, mas a mensagem que foi o divisor de águas foi o pedido da catequista: “Releiam essa passagem em casa e o papel com o roteiro do rito para decidirem com calma”. Muitos nem chegaram a entender o porque da insistência, mas depois de ver que os mais empolgados apenas estavam ali como eu, que há dois anos abandonei o primeiro catecumenato por achar que estava enfrentando uma crise de religião e teatralizando minha fé diante do Santíssimo em noites de domingo, a meu ver, erroneamente passadas. Como de Agosto do ano passado para cá me senti chamado a ser parte da Igreja novamente, decidi que levaria a sério esse negócio de catecumenato, só não imaginei que arranjaria o melhor dos padrinhos e dos amigos nesta época da minha vida, logo um consagrado (ou noviço, como ele mesmo me corrige). Quando amanheceu o domingo, estávamos às oito da manhã na porta da Catedral, sentados nos bancos, esperando nossa vez de dizer Sim a Cristo. Percebe-se que estamos procurando alguém, mas a assembleia geral desconhecida quase não soube entender a grandeza do rito para nós, catecúmenos. Percebi no sábado ainda que muitos dos que estavam de cabeça baixa ou alegando um rosto sério, foram justamente os que não compareceram. Pudemos perceber isso no pequeno ensaio (em cima da hora) que foi feito sob supervisão do catequista Aristeu que atua como locutor da Catedral. Senti orgulho por eles quando ouvi seus nomes ao microfone, era sinal de que estavam se comprometendo para uma missão, pois o Batismo é o sacramento do Pai, a adesão ao rebanho de Deus, a Eucaristia é o Sacramento do Filho; quando a alma do Cristão entra em comunhão com o esposo da Igreja; e a Crisma é o sacramento do Espírito Santo, aquele a quem todos à Igreja envia. Durante a entrega dos crucifixos, olhei bem para cada um dos irmãos que o recebiam e aderiam para uma caminhada longa e cheia de buracos, também cheia de atalhos, mas que preferimos seguir pelo caminho reto, ele ainda está no meu pescoço e acho que só o tirarei quando receber o sacramento, pois antes dele eu carregava ao pescoço uma Cruz da Unidade, símbolo do movimento apostólico e mariano do qual faço parte, o Terço dos Homens, sendo ela também associada à Consagração à Nossa Senhora, o que de fato somos temos, só não passamos pelo rito, mas nos consideramos entregues à Mãezinha. Quando entramos no corpo da assembleia da missa, nos sentamos e acompanhamos a missa que demorou um pouquinho mais, mas tudo o que é com e para Deus não cansa a ninguém. O salmo que foi cantado apenas pelo coral era desconhecido de muitos, pois as canções de autoria do pernambucano Pe. Reginaldo Veloso são cantadas mais na Quaresma, quando não há uso de instrumentos, graças a Deus, eu tenho o LP original de 1979 que contém esta música e sabia cantá-la, pena que acho que era só eu da turma que a cantava. O ponto alto foi o momento da Paz de Cristo onde pudemos, literalmente, passear pela catedral para oferecer o “Abraço da Paz de Cristo” a nossos irmãos e irmãs do catecumenato, a nossos familiares, a nossos padrinhos (os que estavam lá), aos nossos catequistas, ao Padre Walter e a muitos outros atrás de nós. Naquela hora, conhecemos a estirpe do que é ser catecúmeno, anunciar onde estamos a Paz, enquanto Deus, em suas três pessoas, Pai, Filho e Espírito Santo nos preparam cada um segundo o seu nível do Sacramentário para anunciar a Sua Boa Nova. Ao final, entramos na Sacristia e encerramos com um Graças a Deus coletivo, que disse muito mais do que simplesmente Graças a Deus. Foi um prazer, imagino que para todos este primeiro momento, para mim foi. Agradecendo a Deus por este degrau que subo juntamente com todos eles. Agradeço também pela disposição dos catequistas, tanto da quinta-feira quanto do sábado, e enfim, mesmo que meu padrinho não tenha comparecido por estar servindo como acólito na sua paróquia, sei que estava em sintonia com minha fé, como ele deve sempre estar depois do recebimento do sacramento.

Este ano, encarei uma trinca que não esperava, pois fui apresentado como catecúmeno no Domingo da Ascenção, no domingo seguinte, como todos os anos, no Pentecostes, estarei no Santuário do Lima em Patu para a Romaria Anual do Terço dos Homens e no domingo seguinte, se Deus quiser, dia 3, será a festa da Santíssima Trindade, ocasião do meu aniversário, onde completo meus 20 anos de vida e espero serem os primeiros de amadurecimento da minha Fé.

22 de Maio de 2012,
dia de Santa Rita de Cássia

Pedro Augusto de Queiroz
Bacharelando do 5° Período de Ciências Sociais da UERN