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domingo, 10 de março de 2013

O Sentido da Cruz para o Cristão (1, 2)


Allan Phablo de Queiroz 3


Jamais o mundo viu ou verá um acontecimento como este: o Filho de Deus humanado é crucificado e agoniza durante três horas numa cruz. Três longas horas de dores indizíveis, sofrimentos inenarráveis na pior forma de suplicio que o império romano impunha a seus opositores, bandidos, malfeitores. Esse e o clima que vivemos na semana santa, um tempo de observamos como estamos agindo diante do próximo, se temos caridade ao pobre, se somos capazes de amar ate doer, e é um tempo de vivermos e fazemos memória de todo o acontecimento sofrido por Cristo, que começa nas negações de um dos seus, na fidelidade a sua missão na paixão e após algum tempo acreditando nas promessas ressuscitou e viver em nosso meio. A partir desse contexto que partilho os conhecimentos adquiridos através da vivência e da pesquisa demonstrando o sentido da cruz, o caminho da paixão de Cristo, o as possíveis criticas veneração a santa cruz.
E normal sermos abortado por qualquer pessoa se questionando quando olha para a imagem do crucificado: Por que o Cristo é representado como o homem das dores pregado à cruz, quando na verdade Ele ressuscitou e já não morre mais? A propósito convém observar: A imagem da cruz é indispensável à contemplação do cristão, pois foi o instrumento da Redenção. São Paulo mesmo nos diz: “Não aconteça gloriar-me senão na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, por quem o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo”. (Gl 5,14) Todavia é preciso não esquecer que a Cruz foi transfigurada pelo fato mesmo de que Jesus pendeu dela e pela sua morte venceu a morte. Por isto os antigos representavam o Cristo fixo à Cruz revestido de uma túnica de rei, com mangas largas e um diadema na cabeça; era o senhor que conquistou a realeza mediante a cruz e fez desta o teu trono de glória.
         O Caminho da cruz era seguido por populares, que escarneciam o réu; A causa da morte era asfixia o sangue não conseguia chegar ao cérebro através do organismo suspenso no patíbulo, concentrava-se no pulmão e acabava impedindo as pulsações do coração. Os condenados a cruz eram vigiados por soldados antes e depois da morte. Os cadáveres ficavam expostos na cruz é as feras e às aves. Foi tudo isso e mais um pouco que os historiadores e cientista conseguiram decifrar através dos estudos com o santo sudário de Turim, tal aponto de dizer que Jesus entrou em agonia no Getsêmani e seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra.
         Muitas religiões alegam que a cruz é um símbolo pagão introduzido no século IV no uso dos cristãos - ora tal afirmação fere a documentação mais antiga do cristianismo, a começar pelos textos bíblicos, que louvaram e exaltavam a santa cruz. Logo nos primeiros séculos os cristãos se persignavam com o sinal da cruz; Os mártires se muniam com esse sinal antes de enfrentar as lutas. Somente após a convenção de Constantino a cruz deixou de ser patíbulo de condenação dos criminosos na vida do império, tornou-se então unicamente o símbolo da vitória de Cristo e o sinal dos cristãos reproduzindo muitas maneiras de artes, liturgia, na piedade particular.
         Eis a fundamental importância do sentido da Cruz, de vermos no Cristo crucificado modelo de santidade, de obediência, o Senhor quis descobrir com a sua morte extremamente dolorosa e ignominiosa, toda modalidade de morte que os homens possam experimentar; sabiam todos que Deus feito homem já atravessou e santificou todas as angustias que afetam os homens. Cristo morreu e ressuscitou a fim de obter para o gênero humano a vitória sobre o pecado e a morte. Por isso que nos cristão levamos em nosso peito não somente um sinal de madeira, prata, mais realmente levarmos aos homens de hoje um Cristo vivo e ressuscitado através de nossos gestos, de nossa fé, na vivência de nossa religião, na radicalidade evangélica a partir dos conceitos evangélicos de pobreza, castidade e obediência, na abertura aos cuidados como os necessitados, é meus caros leitores, todas as vezes que vejo uma cruz lembro-me de tamanho amor aquele homem teve por mim, de se entregar até os dos mais dolorosos flagelos, de ser cuspidos, ridicularizado somente por amor a mim e a vocês. Pensemos nesse tempo, mergulhemos na memória de um Cristo que nos ama muito.


1 Artigo publicado no Jornal de Fato da Cidade de Mossoró-RN.
2 Disponível: http://www.defato.com/02_04_2010/artigos.php
Aluno de Ciências Sociais na UERN. Modalidade Licenciatura.