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sexta-feira, 4 de maio de 2012

UMARIZAL, TERRA DO CORAÇÃO DE JESUS


"A viagem para o município de Umarizal com o Terço dos Homens neste domingo último, dia 29, foi cercada de mágicas sensações e palavras que, se fossem colocadas em sentido de oração certamente convenceria a muitos de que Nossa Senhora estava sempre caminhando ao nosso lado. Querendo compreender o que nos aguardava, partimos de Mossoró perto das seis horas da manhã com eventuais paradas nos bairros mais afastados de Mossoró para embarque de passageiros que esperavam a “carona”. Como não tinha muito o que fazer e sem companhia para bater papo durante o trajeto, peguei a minha Liturgia das Horas e rezei a Laudes enquanto os homens se ajeitavam e faziam a chamada. Terminada a oração, cheia de salmos de júbilo, eis que começamos a desfiar um rosário. Paramos em Caraúbas para um rápido desjejum admirando o sol que nascia e se levantava (Graças a Deus). O Sol estava nascendo e aquecia a quem estava sentindo frio pelo ar-condicionado de elevada temperatura do veículo durante o resto do percurso. Dizem que uma cidade encanta à primeira vista, com Umarizal, esta afirmação perde parte de sua verdade, ela encanta todas as vezes que se quiser visitá-la. Descemos na entrada da cidade e nos demos de cara com um caminhão “lazarão” cujos altofalantes davam as boas vindas aos que chegavam de tantas outras paragens, Almino Afonso, Patu, Caraúbas, Pau dos Ferros e da própria cidade, os anfitriões já nos esperavam. O padre João Batista subiu ao palanque do caminhão e deu as boas vindas aos viajantes com um pequeno discurso. Logo após, o seminarista mossoroense Antônio Carlos Ferreira conduziu com músicas católicas e um terço rezado calmamente aos pouquinhos pelas ruas de Umarizal. Chegamos à porta da Matriz ainda no fim do 4° Mistério contemplado. Ficamos na praça para rezar o 5°. Após o Terço, formaram-se filas para o verdadeiro café da manhã composto por um pratinho com comida típica, fazendo disso um café da manhã reforçado. Teve gente que pegou o caminho da fila mais de uma vez de tão boa que estava a comida servida. Ao entrarem na Igreja e esperarem a programação da manhã, eis que chega num carro prata Pe. Ivonzéliton que até alguns meses atrás comandava como Pároco a Paróquia de São Manuel. Sua palestra abriu às dez horas a programação da manhã. Sua palestra girou em torno de literalmente uma “viagem” pelas páginas da Bíblia, pois tivemos que aprender a ver a Bíblia como um hipertexto que está cheia de pontes entre seus livros, o que fez da palestra um tanto cansativa e muitos acabaram não pegando o foco exatamente pela falta de suas Bíblias. O que ele quis explicar em suma foi a relação de Maria com o Apocalipse como a mulher que o dragão persegue no fim dos tempos e seus herdeiros na Terra. Logo após, tivemos alguns testemunhos e já estávamos preparados para a Santa Missa que foi celebrada ás 11 e meia por Pe. João Batista. A homilia sobre o Bom Pastor deixou a muitos com um sentimento de irmandade, pelo menos foi isso que nós que voltamos a Mossoró sentimos. A igreja em si, sustentada por seus arcos vermelho-branco, as cores da Divina Misericórdia, sendo ancorada pela devoção a seu padroeiro, o Sagrado Coração de Jesus é maravilhosa, em retábulos laterais se podem ver o Santíssimo, imagens de Santa Rita, Teresinha, Edwiges, Nossa Senhora Aparecida e um santo que eu jamais pensava ver fora do Santuário de Santa Clara aqui em Mossoró, um busto magnífico de São Tarcísio, por quem nutro uma devoção inexplicável. No centro do altar, o Coração de Cristo em tamanho natural adorna com girassois aos seus pés o ambiente. Acima de si, um crucifixo também em escala natural marca um altar católico, visto que muitas igrejas hoje estão ficando cada vez mais compactas de tão moderna que a liturgia está se tornando. Ao sairmos da Igreja, alguns foram atrás de mais comida, de sobra do café da manhã, já ia dar uma hora da tarde. Muitos de nós que estávamos de volta para Mossoró dentro de alguns minutos passamos na Casa Paroquial anexa, exterior à Matriz, onde pudemos revisitar a história do clero de Mossoró quase que por inteiro. Três dos retratos nos chamaram maior atenção, a primeira era um retrato na galeria dos párocos de Pe. Walter Collini, que atualmente comanda a Catedral de Santa Luzia, o templo da Diocese cuja atividade foi de 1973 a 1977 e devo confessar sua semelhança com Monsenhor Américo Simonetti (já falecido) numa versão de rosto que pouco ou nada lembra o pároco sereno que veio de Martins por designação de Dom Mariano logo após o falecimento de Mons. Américo; logo depois o pároco que atuou de 1977 a 1983 é nada mais, nada menos que o nosso Bispo Dom Mariano Manzana, quando ainda era Padre em 1977, na época ainda recém-chegado da Itália no Brasil em seu primeiro trabalho em terras potiguares, a terceira, uma foto de Irmã Maria José, mais conhecida como Irmã Zezé, uma das Irmãs Franciscanas que residem no Colégio Sagrado Coração de Maria em Mossoró, e desconheço qualquer ligação dela com a cidade, infelizmente não registrei este pedaço da viagem, pois já estávamos de saída. Paramos para almoçar novamente em Caraúbas e depois disso voltamos a Mossoró com mais uma recitação do Santo Rosário. Para quem quer descobrir a história do clero diocesano mossoroense, Umarizal é um bom ponto de partida. Recomendamos a visita e agradecemos a hospitalidade da cidade."

Pedro Augusto de Queiroz
Bacharelando do 5° Período de Ciências Sociais - UERN