Allan
Phablo de Queiroz 3
Jamais
o mundo viu ou verá um acontecimento como este: o Filho de Deus humanado é
crucificado e agoniza durante três horas numa cruz. Três longas horas de dores
indizíveis, sofrimentos inenarráveis na pior forma de suplicio que o império
romano impunha a seus opositores, bandidos, malfeitores. Esse e o clima que
vivemos na semana santa, um tempo de observamos como estamos agindo diante do
próximo, se temos caridade ao pobre, se somos capazes de amar ate doer, e é um
tempo de vivermos e fazemos memória de todo o acontecimento sofrido por Cristo,
que começa nas negações de um dos seus, na fidelidade a sua missão na paixão e
após algum tempo acreditando nas promessas ressuscitou e viver em nosso meio. A
partir desse contexto que partilho os conhecimentos adquiridos através da
vivência e da pesquisa demonstrando o sentido da cruz, o caminho da paixão de
Cristo, o as possíveis criticas veneração a santa cruz.
E
normal sermos abortado por qualquer pessoa se questionando quando olha para a
imagem do crucificado: Por que o Cristo é representado como o homem das dores
pregado à cruz, quando na verdade Ele ressuscitou e já não morre mais? A
propósito convém observar: A imagem da cruz é indispensável à contemplação do
cristão, pois foi o instrumento da Redenção. São Paulo mesmo nos diz: “Não
aconteça gloriar-me senão na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, por quem o
mundo está crucificado para mim e eu para o mundo”. (Gl 5,14) Todavia é preciso
não esquecer que a Cruz foi transfigurada pelo fato mesmo de que Jesus pendeu
dela e pela sua morte venceu a morte. Por isto os antigos representavam o
Cristo fixo à Cruz revestido de uma túnica de rei, com mangas largas e um
diadema na cabeça; era o senhor que conquistou a realeza mediante a cruz e fez
desta o teu trono de glória.
O Caminho da cruz era seguido por
populares, que escarneciam o réu; A causa da morte era asfixia o sangue não
conseguia chegar ao cérebro através do organismo suspenso no patíbulo, concentrava-se
no pulmão e acabava impedindo as pulsações do coração. Os condenados a cruz eram
vigiados por soldados antes e depois da morte. Os cadáveres ficavam expostos na
cruz é as feras e às aves. Foi tudo isso e mais um pouco que os historiadores e
cientista conseguiram decifrar através dos estudos com o santo sudário de
Turim, tal aponto de dizer que Jesus entrou em agonia no Getsêmani e seu suor
tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra.
Muitas religiões alegam que a cruz é um
símbolo pagão introduzido no século IV no uso dos cristãos - ora tal afirmação
fere a documentação mais antiga do cristianismo, a começar pelos textos
bíblicos, que louvaram e exaltavam a santa cruz. Logo nos primeiros séculos os
cristãos se persignavam com o sinal da cruz; Os mártires se muniam com esse
sinal antes de enfrentar as lutas. Somente após a convenção de Constantino a
cruz deixou de ser patíbulo de condenação dos criminosos na vida do império,
tornou-se então unicamente o símbolo da vitória de Cristo e o sinal dos
cristãos reproduzindo muitas maneiras de artes, liturgia, na piedade particular.
Eis a fundamental importância do
sentido da Cruz, de vermos no Cristo crucificado modelo de santidade, de
obediência, o Senhor quis descobrir com a sua morte extremamente dolorosa e
ignominiosa, toda modalidade de morte que os homens possam experimentar; sabiam
todos que Deus feito homem já atravessou e santificou todas as angustias que
afetam os homens. Cristo morreu e ressuscitou a fim de obter para o gênero
humano a vitória sobre o pecado e a morte. Por isso que nos cristão levamos em
nosso peito não somente um sinal de madeira, prata, mais realmente levarmos aos
homens de hoje um Cristo vivo e ressuscitado através de nossos gestos, de nossa
fé, na vivência de nossa religião, na radicalidade evangélica a partir dos
conceitos evangélicos de pobreza, castidade e obediência, na abertura aos
cuidados como os necessitados, é meus caros leitores, todas as vezes que vejo
uma cruz lembro-me de tamanho amor aquele homem teve por mim, de se entregar
até os dos mais dolorosos flagelos, de ser cuspidos, ridicularizado somente por
amor a mim e a vocês. Pensemos nesse tempo, mergulhemos na memória de um Cristo
que nos ama muito.
1 Artigo
publicado no Jornal de Fato da Cidade de Mossoró-RN.
2 Disponível:
http://www.defato.com/02_04_2010/artigos.php
3 Aluno de Ciências Sociais na UERN. Modalidade Licenciatura.
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