"A viagem para o município de Umarizal
com o Terço dos Homens neste domingo último, dia 29, foi cercada de mágicas
sensações e palavras que, se fossem colocadas em sentido de oração certamente
convenceria a muitos de que Nossa Senhora estava sempre caminhando ao nosso
lado. Querendo compreender o que nos aguardava, partimos de Mossoró perto das
seis horas da manhã com eventuais paradas nos bairros mais afastados de Mossoró
para embarque de passageiros que esperavam a “carona”. Como não tinha muito o
que fazer e sem companhia para bater papo durante o trajeto, peguei a minha
Liturgia das Horas e rezei a Laudes enquanto os homens se ajeitavam e faziam a
chamada. Terminada a oração, cheia de salmos de júbilo, eis que começamos a
desfiar um rosário. Paramos em Caraúbas para um rápido desjejum admirando o sol
que nascia e se levantava (Graças a Deus). O Sol estava nascendo e aquecia a
quem estava sentindo frio pelo ar-condicionado de elevada temperatura do veículo
durante o resto do percurso. Dizem que uma cidade encanta à primeira vista, com
Umarizal, esta afirmação perde parte de sua verdade, ela encanta todas as vezes
que se quiser visitá-la. Descemos na entrada da cidade e nos demos de cara com
um caminhão “lazarão” cujos altofalantes davam as boas vindas aos que chegavam
de tantas outras paragens, Almino Afonso, Patu, Caraúbas, Pau dos Ferros e da própria
cidade, os anfitriões já nos esperavam. O padre João Batista subiu ao palanque
do caminhão e deu as boas vindas aos viajantes com um pequeno discurso. Logo após,
o seminarista mossoroense Antônio Carlos Ferreira conduziu com músicas católicas
e um terço rezado calmamente aos pouquinhos pelas ruas de Umarizal. Chegamos à
porta da Matriz ainda no fim do 4° Mistério contemplado. Ficamos na praça para
rezar o 5°. Após o Terço, formaram-se filas para o verdadeiro café da manhã
composto por um pratinho com comida típica, fazendo disso um café da manhã reforçado.
Teve gente que pegou o caminho da fila mais de uma vez de tão boa que estava a
comida servida. Ao entrarem na Igreja e esperarem a programação da manhã, eis
que chega num carro prata Pe. Ivonzéliton que até alguns meses atrás comandava
como Pároco a Paróquia de São Manuel. Sua palestra abriu às dez horas a
programação da manhã. Sua palestra girou em torno de literalmente uma “viagem”
pelas páginas da Bíblia, pois tivemos que aprender a ver a Bíblia como um
hipertexto que está cheia de pontes entre seus livros, o que fez da palestra um
tanto cansativa e muitos acabaram não pegando o foco exatamente pela falta de
suas Bíblias. O que ele quis explicar em suma foi a relação de Maria com o
Apocalipse como a mulher que o dragão persegue no fim dos tempos e seus
herdeiros na Terra. Logo após, tivemos alguns testemunhos e já estávamos
preparados para a Santa Missa que foi celebrada ás 11 e meia por Pe. João
Batista. A homilia sobre o Bom Pastor deixou a muitos com um sentimento de
irmandade, pelo menos foi isso que nós que voltamos a Mossoró sentimos. A
igreja em si, sustentada por seus arcos vermelho-branco, as cores da Divina
Misericórdia, sendo ancorada pela devoção a seu padroeiro, o Sagrado Coração de
Jesus é maravilhosa, em retábulos laterais se podem ver o Santíssimo, imagens
de Santa Rita, Teresinha, Edwiges, Nossa Senhora Aparecida e um santo que eu jamais
pensava ver fora do Santuário de Santa Clara aqui em Mossoró, um busto
magnífico de São Tarcísio, por quem nutro uma devoção inexplicável. No centro
do altar, o Coração de Cristo em tamanho natural adorna com girassois aos seus pés
o ambiente. Acima de si, um crucifixo também em escala natural marca um altar
católico, visto que muitas igrejas hoje estão ficando cada vez mais compactas
de tão moderna que a liturgia está se tornando. Ao sairmos da Igreja, alguns
foram atrás de mais comida, de sobra do café da manhã, já ia dar uma hora da
tarde. Muitos de nós que estávamos de volta para Mossoró dentro de alguns
minutos passamos na Casa Paroquial anexa, exterior à Matriz, onde pudemos
revisitar a história do clero de Mossoró quase que por inteiro. Três dos retratos
nos chamaram maior atenção, a primeira era um retrato na galeria dos párocos de
Pe. Walter Collini, que atualmente comanda a Catedral de Santa Luzia, o templo
da Diocese cuja atividade foi de 1973 a 1977 e devo confessar sua semelhança
com Monsenhor Américo Simonetti (já falecido) numa versão de rosto que pouco ou
nada lembra o pároco sereno que veio de Martins por designação de Dom Mariano logo
após o falecimento de Mons. Américo; logo depois o pároco que atuou de 1977 a
1983 é nada mais, nada menos que o nosso Bispo Dom Mariano Manzana, quando
ainda era Padre em 1977, na época ainda recém-chegado da Itália no Brasil em
seu primeiro trabalho em terras potiguares, a terceira, uma foto de Irmã Maria
José, mais conhecida como Irmã Zezé, uma das Irmãs Franciscanas que residem no
Colégio Sagrado Coração de Maria em Mossoró, e desconheço qualquer ligação dela
com a cidade, infelizmente não registrei este pedaço da viagem, pois já
estávamos de saída. Paramos para almoçar novamente em Caraúbas e depois disso
voltamos a Mossoró com mais uma recitação do Santo Rosário. Para quem quer
descobrir a história do clero diocesano mossoroense, Umarizal é um bom ponto de
partida. Recomendamos a visita e agradecemos a hospitalidade da cidade."
Pedro Augusto de Queiroz
Bacharelando do 5° Período de Ciências Sociais - UERN
oi gostaria qui voce colocassi esse link na sua lista de blogs parseiro
ResponderExcluire gostaria qui voce seguisse ele
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sao jose rogai por nos