Esta semana, além do artigo, deixo
também o fragmento do vídeo com imagens da TCM - TV Cabo Mossoró. Peço
desculpas pela qualidade das imagens.
Domingo, dia 1° de julho,
para muitos, um domingo comum, para os fieis da Catedral e de outras paróquias
de Mossoró, celebração de São Pedro e São Paulo. Porém, a nós do Catecumenato,
era mais um degrau que conseguíamos subir por meio da graça de Deus e de amigos
que sempre acreditam que podemos chegar mais longe. Fomos preparados no sábado
anterior com a já costumeiros ensaios, embora apenas sob a direção de Camilo,
por ausência previamente justificada de Anna Patrícia. Deixamos nossas Bíblias
usadas nos encontros por motivos de força maior da Paróquia, que não vêm ao
caso deixar aqui, e que entendemos que embora seja um ato até repetitivo um ato
de recebimento da Palavra quando deveriam ser Bíblias novas entregues, mas uma
coisa esse ato de última hora pode nos ensinar, recebendo nossa própria Bíblia,
estamos recebendo aquela original que irá verdadeiramente nos acompanhar em
casa e nos encontros por toda a caminhada das mãos do sacerdote para
refletirmos. Ao chegarmos na Catedral, Aristeu e seus ensaios, que se não
fossem por eles, poderíamos estar perdidos na hora das coordenadas. Começamos a
nos reunir e trocamos inicialmente algumas ideias sobre o rito em questão
realizado dali a pouco. Devo agradecer a conversa rápida que tive com Elisiele,
pudemos abrir os olhos um do outro sobre as nossas igrejas irmãs. Os últimos
minutos antes das nove horas estavam correndo. Ficamos em linha dupla na porta
da Catedral. Muitos de nós estávamos procurando os catequistas, que ainda não
haviam aparecido, ou ainda não os tínhamos localizado. Quando formamos as
filas, pude ver ao longe a pilha de Bíblias ser organizada na mesinha para este
fim e Camilo de costas, mas não dei pela presença de Ana Patrícia, não sei
também se alguém notou. Gorete, trazendo duas imagens, entregou-as a mim e a
Regina. São Pedro para mim e São Paulo à ela. Pode parecer irônico, mas até de
noitinha, a mera menção de São Pedro ainda me impressionava, mesmo que de
formas inusitadas. Por meu nome ser o mesmo do primeiro Católico da história
(ou pelo menos declarado pela Santa Sé), me senti na maior honra. Regina também
estava sentindo suas honras, creio eu, ser a primeira da fila colocou-a no
patamar de líder da procissão. Quando o acólito começou a caminhar com a cruz,
abrindo a nave central, só achei que pelos passos de Regina, ela caminhou
próxima demais ao mesmo, deixando a visão da imagem de São Paulo fora do
alcance dos fieis do lado direito dela, mas nada que tirasse o brilho da caminhada,
muitos também não conseguiram ver a imagem de São Pedro no meu lado esquerdo.
Fizemos o rito e demonstramos a Paz de Cristo que pretendemos levar até o fim,
com abraços e apertos de mão fraternos. Passaram-se o Ato Penitencial e o Hino
de Louvor. Foi aí que começamos a nos antenar. Pe. Walter chamou os nomes um
por um e espero que cada um tenha olhado para os outros com alegria e orgulho
por mais um degrau na caminhada. Dois comentários chamaram atenção e merecem
destaque aqui: Quando chegou a vez de Elisiele, Pe. Walter destacou sua
presença na missa das seis da manhã ao se impressionar que estava ali há muito
tempo. O segundo foi comigo, antepenúltimo da contagem, quando cheguei ao
altar, disse-me ele: Hoje é dia de São Pedro, não é? Isso me deixou um pouco
sem jeito e dei um sorriso para não ver sorrisos na assembleia, só entre nós
nenhum problema. Mas logo depois, ele repetiu as palavras da fórmula e a
contagem acabou exatamente com Regina, as pontas dos dois bancos é que
encerraram a chamada. Quando finalmente dei por mim, olhei para trás e não
contei os dois bancos cheios de cada lado e sim um banco ocupado de cada lado e
duas irmãs no banco atrás de mim. Prosseguimos com as leituras olhando em
nossas Bíblias, era bem mais cômodo. Em dado momento das leituras, achei que
finalmente havia encontrado a fecundidade apostólica que tanto peço nos terços
que rezo na segunda Ave Maria do Angelus das reuniões eventuais do Terço dos
Homens. Espero que para todas (já que fui o único homem da turma, motivo pelo
qual Pe. Walter soltou outra pérola antes da missa e na entrega das Bíblias).
Passamos a Liturgia Eucarística e à Comunhão, onde pudemos expressar nossa
gratidão ao nosso Deus do nosso costumeiro modo como Paulo VI nos ensinou em
1966. Ao término da celebração, aproveitei que estava com a câmera nas mãos,
após a comunhão e seguimos para a Sacristia para o último ato após a bênção.
Após o nosso Graças a Deus, conseguimos a nossa primeira foto em turma, que
espero guardar com todo o carinho e que todos também a conservem como
recordação de um ato de fé, que nos marcou para sempre, e a prova está em
nossas mãos. Em muito pouco tempo poderemos nos engajar em pastorais ou
liturgia, embora seja um caminho árduo, eu ainda sonho em ver pelo menos um de
vocês em algum papel na Ecclesia. Eu por exemplo, vocês poderão ver muito, pois
estarei começando a procurar o acompanhamento vocacional no Seminário após o
recebimento do Sacramento. Por isso, oremos e agradeçamos a Deus que os
próximos passos nos despertem muito mais do que temos medo, pois acima da
vergonha, se você pedir com fé, é capaz até mesmo de em sua mente, Deus apagar
as luzes da Assembleia e você imaginar, como Camilo, que está lendo para menos
de um quarto da igreja, comigo é assim, embora nunca tenha lido nada e apenas
ter conduzido um Evangeliário pela nave da Igreja, tenho muita vontade de ser
leitor, motivos não faltam nem coragem, apenas quem invista. Pois bem,
preparemos o coração, agora só faltam poucos ritos, com um a menos, podemos já
unir a vivência da irmandade e da amizade entre nós com as Palavras Santas. E
continuamos sonhando com o “A Paz Esteja Convosco” que nos dirá o Bispo Dom
Mariano a cada um de nós ao nos marcar na testa com o óleo santo do Crisma, com
o renascimento na água do Batismo ou no pão contendo Cristo na Eucaristia. Deus
acompanhe esses meus exemplos, tanto aos nossos verdadeiros professores de fé
nos encontro quanto ao padrinhos, professores de fé em casa e na vida. A todos,
meu muito obrigado e ao próximo rito. Só abrindo um parêntese, a leitura também
deixou uma marca em mim, uma citação que pretendo deixar a todos quando
receberem seus sacramentos: “Combati o bom combate, terminei a corrida,
conservei a fé.” (2Tm 4, 7).
Pedro Augusto de Queiroz
Bacharelando do 5° Período de
Ciências Sociais da UERN
Vídeo com imagens da TCM - TV Cabo
Mossoró
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