JOÃO BATISTA
Alberto Luís
São quase dois mil anos de silêncio e solidão
Na pia do batismo ainda corre o rio jordão
João anunciava a vinda do libertador
Foi preso e oprimido, nunca o abandonou
Corre João, apanha seu violão
Enfrenta essa multidão
Não deixes ninguém morrer pagão
Deus do céu, o mundo é um carrossel
Inútil você parar
Se a vida não para de rodar
No meio da poeira desses séculos em vão
Ficou pelos caminhos a figura de João
E a sua voz ressoa nas imensas catedrais
Seu povo ainda espera as profecias imortais
Me diga qual o rio onde anda agora o salvador
Que um dia por você foi batizado de ''Senhor''
Eu tenho mil pecados que nao são originais
Amargas ilusões que não se apagam nunca mais
João um certo dia foi jogado na prisão
Perdeu-se a liberdade, mas o pensamento não
Retorna meu amigo, vem mostrar aos fariseus
Na ponta do chicote a mão pesada do seu Deus
Extraído do LP "Migrante" - (P) 1980 Panorâmico/Paulinas-Comep.
Sem tentativa de infração à gravadora, apenas caráter evangelizador.
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