VÍDEO COM IMAGENS ORIGINAIS DE MINHA AUTORIA FILMADAS EM DIFERENTES MOMENTOS DA ROMARIA:
VÍDEOS DE AUTORIA DOS ÓRGÃOS DE JORNALISMO DA REGIÃO.
Fonte: Portal TCM - TV Cabo Mossoró
Fonte: PORTAL DO SANTUÁRIO DO LIMA
Confesso que eu meus 20 anos de
vida, nunca tinha sentido uma emoção tão grande por parte dos fieis que se
reuniram às três e meia da manhã na Praça da Matriz de São José em Mossoró,
para tomarem seus carros, ônibus, vans e quaisquer outros transportes. Também
aos de outras paróquias e os de outras cidades como Antônio Martins, José da
Penha, Assu, Caraúbas e Apodi. Nós da Paróquia demoramos um pouquinho para
sair, pois muitos chegaram em cima da hora e alguns deles até chegaram quase na
hora de partir os transportes. Ainda buscamos um dos passageiros no bairro Nova
Betânia. Ao partirmos, primeiramente um sono bateu, por estarmos ainda pela
madrugada, eram ainda quatro e meia da manhã. O sol começou a nascer devagar e
humildemente por entre as montanhas da paisagem que se via por entre a vegetação
de caatinga das rodovias. Passamos por cidades vizinhas como Governador
Dix-Sept Rosado, Caraúbas, Olho D’Água dos Borges e por fim, chegamos a Patu
ainda um pouco sonolentos, mas a missão dali a pouco iria nos fazer despertar
pra valer. Chegamos na pracinha da Matriz, onde caminhando por uma pequena via,
paramos de frente à beleza que era a Matriz que ainda tinha uma torre-relógio,
por sinal, funcionando. Atrás da Matriz, a montanha nos dava um toque de paisagem
de cinema. No lado de dentro, muitas imagens, muitos motivos para entrar em
contemplação, o que mais chamou atenção foi uma imagem de Nossa Senhora das
Dores que muitas senhoras diziam ser Nossa Senhora dos Impossíveis. Do lado de
fora, rezávamos o Ofício de Nossa Senhora que consta no livrinho-manual do
Terço. Depois, todas as caravanas saíram em caminhada rumo ao pé da montanha.
Algumas pessoas de idade mais avançada, impossibilitados de andar e eu, por
exemplo, estava com um problema em um dos dedos do pé, segui até o pé da
montanha na van. Quando descemos do carro, a procissão ainda estava longe.
Então, juntamente com Dona Joana Dar’c, uma das muitas amigas da minha avó (também
Joana), subimos rezando um Terço da Misericórdia chegarmos ao pórtico da entrada
da passarela. Quando começamos a subir, eu ia na frente dela, mas sempre perto.
A partr de certo momento, ela rapidamente ficou para trás, pois fechei os olhos
e comecei a rezar, sinal pelo qual não estava pedindo forças, mas agradecendo
cada passo (que aliás, é isso que devemos fazer, já que estamos ali pra pagar votos
ou promessas, não precisamos mais pedir, mas agradecer cada passo dado). Ao
passar da “ponte” que fica ao lado de uma pequena fonte muito bonita, comecei a
escutar canções ecoando nos ventos, olhei para trás e vi um tapete azul de
homens cantando e rezando a Nossa Senhora. Peguei a filmadora e abri as filmagens
com chave de ouro. Chegando lá em cima, ajoelhei-me e agradeci a Deus pela
subida. Voltei ao portal de pedra e fiquei sentado esperando a procissão.
Depois de cinco minutos, eis que vinha humildemente a mãezinha em seu quadro
amparada por três escudeiros. Alguns segundos depois, se iniciou uma procissão
que durou quase quarenta minutos de gente chegando ao portal (sem exageros). Grande
era a fé daquele povo. Muitos por motivo de saúde subiram nos táxis e nas motos
que circulavam para cima e para baixo. Quando todos chegaram, deu-se um
intervalo e começaram-se os ensaios do som no palco para o show. Comecei minha
visita anual ao Santuário começando pelas feirinhas, onde pude adquirir duas
imagens que precisava desde o Renascer em fevereiro, que me foram indicadas a
comprar, um Sagrado Coração de Jesus e uma Nossa Senhora das Graças (esta
imagem, quem leu o artigo sobre o RENASCER em Fevereiro vai entender), ambas a
um preço bem acessível e a um bom tamanho, quase trinta e cinco centímetros cada
uma. Por fim, passei na Livraria do santuário, onde adquiri alguns produtos para
acentuar mais minha fé e na Pousada da Sagrada Família para comprar as senhas
do almoço. Ao me dirigir para a quadra principal, havia começado a missa.
Sentei-me no parapeito do paredão lateral esquerdo que possuía bancos de pedra
lavrada. A missa correu como de costume. Logo depois iniciou-se o show, em dado
momento dele tive que correr atrás do almoço, pois já tinha as senhas. A comida
estava maravilhosamente preparada e todos os que comeram se fartaram. Ao terminar
de almoçar, fui procurar Dom Mariano, que havia acabado também de almoçar e
estava rezando na capela de baixo. Ao terminar, pedi que abençoasse as imagens
e alguns livros devocionais que adquiri. Todos os anos tenho a honra de ter Dom
Mariano sempre ao meu lado, no ano passado, ele se sentou calma e simplesmente ao
meu lado na recitação do terço, este ano, eu estava de frente a ele e quando
ele saiu, não se negou a abençoar não só as imagens e os objetos, mas pôs a mão
em minha cabeça e disse “E a você também”. Aquilo me deu muito mais vontade de
agradecer a Deus, pois todos os anos, nossos caminhos se cruzam, mesmo que de
uma maneira inesperada, sempre fora das vistas alheias, mas nos encontramos.
Por fim, foi realizado o sorteio da televisão destinada a esse fim cujo ganhador
residia ali mesmo em Patu. Na hora da descida, Dona Joana, vendo que não iria
aguentar, pegou com uma ou outra dificuldade um táxi para voltar e me levou
junto, já que estava com dois pacotes e uma bolsa. Chegando lá em baixo,
caminhamos até a van e partimos de volta a Mossoró, era quase uma hora da tarde.
Saímos às uma e quinze de Patu, rumo a Caraúbas, pois alguns não haviam
almoçado. Saímos de Caraúbas de duas e meia, chegando a Mossoró de vinte para
as quatro da tarde. Esta foi uma romaria a ser lembrada. Rezemos pelas próximas
para que sejam maiores e tragam mais bênçãos a cada um de nós. Deixo um vídeo
para melhor ilustrar as cenas que vi nesta caminhada. Amém.
30/05/2012,
dia de Santa Joana Dar’c
Pedro
Augusto de Queiroz
Bacharelando
do 5° Período de Ciências Sociais da UERN
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